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As empresas de frigoríficos perderam R$ 3,07 bilhões em valor de mercado na 4ª feira (22.fev.2023) depois da queda das ações. Minerva, BRF, Marfrig e JBS foram afetadas com o caso de mal da “vaca louca” no Pará –a suspeita foi confirmada pela Adepará (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará).
As empresas eram avaliadas em R$ 60,49 bilhões antes da confirmação. O valor caiu para R$ 57,42 bilhões na 4ª feira (22.fev.2023). O levantamento foi feito por Einar Rivero, da TradeMap. Eis a íntegra dos dados (41 KB).
A JBS foi a companhia que mais perdeu com a queda de ações. Recuou de R$ 41,52 bilhões para R$ 39,73 bilhões.
O Brasil suspendeu temporariamente a exportação de carnes bovinas para a China.
Investigação
Na 2ª feira (20.fev), o Ministério da Agricultura confirmou a investigação de “caso suspeito de Encefalopatia Espongiforme Bovina”, como é chamado o mal da “vaca louca”. Em nota, disse que uma mostra foi “submetida a análise laboratorial para a confirmação ou não e, a partir do resultado, serão aplicadas imediatamente as ações cabíveis”.
A doença afeta o sistema nervoso dos bovinos, fazendo com que fiquem com o comportamento alterado, daí a razão do nome “vaca louca”. A transmissão em animais se dá pela ingestão de farinhas de carne e ossos, tecidos nervosos, cama-de-aviário, dejetos de suínos ou qualquer outro tipo de alimento que contenha em sua composição proteínas de origem animal.
Já em humanos, a transmissão se dá pela ingestão de carne contaminada ou por transfusão de sangue, se contaminado. Os prejuízos da doença no país são a morte dos animais, o risco de transmissão ao homem e uma possível suspensão das exportações de carne do Brasil.
É crime federal alimentar ruminantes (bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos) com cama-de-aviário (também conhecida como cama-de-frango) ou com resíduos da exploração de outros animais, pois estes podem conter restos de ração, resultando em risco se reaproveitados na alimentação do rebanho.
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