O Comitê Científico divulgou nesta sexta-feira (12), resultado do Inquérito Sorológico no Rio Grande do Norte. De acordo com o estudo, 6,5% da população investigada apresentou anticorpos para a covid-19. Isso indica que quase 230 mil pessoas tiveram contato com o SARS-CoV-2 e produziram anticorpos detectáveis.
As maiores prevalências foram em Caicó (12,3%) e Pau dos Ferros (12,7%) e a menor em São José de Mipibu (5,3%). As maiores prevalências aparecem nos grupos etários acima de 45 anos e chama a atenção, contudo, a prevalência também alta no grupo de até 9 anos de idade. “Essa foi uma das surpresas da pesquisa”, aponta o pesquisador Ângelo Roncalli.
Em boa parte dos casos as diferenças não são significativas pela análise dos intervalos de confiança. Pelo menos entre a menor prevalência (4,5% entre 18 e 24 anos) e a maior (8,1% em 70 anos e mais), a diferença é significativa.
Com relação ao sexo, as prevalências são praticamente iguais. Em relação à raça/cor autorreferida, a prevalência é maior em negros (6,9%) em comparação com brancos (5,6%). A categoria “negros” foi formada pelo agrupamento dos que referiram raça/cor preta ou parda. A prevalência é maior nos que relataram contatos, tanto com suspeitos quanto com confirmados.
Outro ponto importante da pesquisa é a prevalência entre os que não adotaram o distanciamento social é significativamente maior (12,7%) em comparação com os que adotaram total ou parcialmente (7,2%). “Esse dado aponta para a importância e eficácia do distanciamento social”, afirma Roncalli.
O inquérito tem o apoio do Comitê Científico instaurado desde o início da pandemia com pesquisadores da UFRN e do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O Cronograma foi dividido em três ciclos nas seguintes datas: 1° ciclo: 8 a 10/01/2021, 2° ciclo: 15 a 17/01/2021 e 3° ciclo: 22 a 24/01/2021.
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