O Ministério Público de São Paulo denunciou o atacante Gabriel Barbosa, do Flamengo, por crime contra a saúde pública por ter participado de aglomeração com cerca de 150 pessoas num cassino clandestino de luxo na Zona Sul da capital. O gerente do local e os funcionários responderão também por realizarem jogos de azar, que é uma contravenção penal.
O jogador e outras 57 pessoas serão processadas pelo crime previsto no artigo 268 do código penal, de desrespeitar medida do poder público para evitar a propagação de doença contagiosa.
O MP-SP pede o pagamento de 100 salários-mínimos ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (FUMCAD) pela infração penal.
Gabigol foi flagrado em um cassino clandestino na madrugada do último domingo, na Vila Olímpia, na Zona Sul de São Paulo. O local foi alvo de uma operação de uma força-tarefa contra aglomerações durante a pandemia de Covid-19. Cerca de 200 pessoas estavam no local, incluindo o cantor de Funk MC Gui. A polícia chegou ao endereço após denúncia de entre outras pessoas, o deputado federal Aelxandre Frota (PSDB-SP), que estava no local no momento do flagrante e também filmou parte da operação.
Em entrevista à TV Globo, o atacante do Flamengo Gabigol afirmou que estava jantando com amigos na casa de jogos em São Paulo.
— Não tenho costume de jogar, a única coisa que eu jogo é videogame. Estava com meus amigos, a gente foi comer. Quando estávamos indo embora, a polícia chegou mandando todo mundo ir para o chão — disse o jogador.
Gabriel admitiu, também, que “faltou sensibilidade” de sua parte ao frequentar o local, em evento lotado, no meio de uma pandemia. Mas ressaltou que utilizava máscara e álcool gel. “Estava ali com meus amigos, feliz de estar com eles, um momento que a gente quase não tem”, disse o jogador.
Segundo a polícia, o atacante foi encontrado embaixo de uma mesa no momento da abordagem. Gabigol não será indiciado, e o Flamengo não se manifestou sobre o caso, até o momento.
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