“Eu dava 18 aulas semanais em 2020. Elas eram distribuídas de segunda a sexta, todos os dias, na parte da manhã, e à tarde eu ficava cumprindo uma hora na escola que eu tinha que cumprir. Eu pegava um ônibus que custava R$ 30 a passagem. Então todos os dias eu gastava R$ 60 só de passagem. Eu ganhava R$ 2.000,00", contou ele.
Com os descontos que ele gastava com transporte, ele precisava se virar para pagar as contas.
"Então, no final do mês, o meu salário era R$ 1400, R$ 1500, dependendo da quantidade de aula que eu dava. Isso pra pagar aluguel, transporte, alimentação, comida, não sei o que".
Acompanhando a conversa, Fiuk respondeu, assustado:
"E é um papel que, desculpa, a vida precisa de professores, assim como precisa de alunos. A vida é aluno e professor em tudo", comentou.
João então citou o namorado, que também é professor
"E é muito doido porque o Igor, meu namorado, por exemplo, dá aula de manhã, à tarde e às vezes à noite pra gente somar tudo o que a gente ganha, junto, e ter uma vida suave. Conseguir pagar [as contas], conseguir guardar um negocinho, fazer uma viagem, conseguir trocar um celular, comprar uma televisão, mobiliar a casa...", lamentou ele.
Não existe país desenvolvido onde professores não são valorizados e bem remunerados. Simplesmente, não existe esse país. Educação é a base do desenvolvimento como sociedade.
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