A Coordenadoria Estadual de Infância e Juventude – CEIJ forneceu dados sobre o quantitativo de adoções concluídas durante o ano de 2016. O secretario executivo do órgão do Judiciário potiguar, João Francisco de Souza, informa que foram adotadas 183 crianças de janeiro a dezembro de 2016 em todo o Rio Grande do Norte.
Esse número inclui tanto adoções feitas por pessoas consideradas aptas a adotar (tendo passado por curso preparatório realizado pelo CEIJ e avaliadas por equipe técnica especializada) as quais se encontram inscritas no Cadastro Nacional de Adoções (CNA), como também adoções feitas fora desse cadastro, a exemplo das adoções por vínculo afetivo, chamada também de adoção Intuitu Personae, realizadas quando alguém adota o filho do seu companheiro.
Quanto ao perfil das crianças adotadas, o qual é descrito no momento do cadastro pelas pessoas que pretendem fazer adoção, João Francisco explica que prevalece a “ampla preferência por crianças do sexo feminino até 6 anos de idade ou do sexo masculino até 4 anos, sendo bastante incomum interesse pela adoção fora desses casos”.
Nesse sentido a CEIJ procura realizar ações, principalmente durante os Cursos Preparatórios para Adoção, para incentivar adoções de crianças que dificilmente são escolhidas por não se enquadrarem nesses perfis de preferência, como no caso de portadores de necessidades especiais e doenças crônicas, bem como crianças de origem negra ou indígena, ou casos de grupos de irmãos disponíveis para adoção.
Atualmente estão cadastrados no CNA em todo o estado 283 pretendentes aptos à adoção e 23 crianças e adolescentes estão disponíveis para adoção. Porém, na maioria desses casos em razão dessas características de preferência de perfil, a adoção raramente é implementada.
Em relação às medidas para 2017, a Coordenaria comunicou a assinatura de um protocolo de intenções, no mês de novembro de 2016, com participação da Maternidade Januário Cicco, Secretarias de Saúde e Assistência Social do Município de Natal, Secretaria de Estado da Saúde Pública, Ministério Público Estadual e 2ª Vara de Infância e Juventude, além do Projeto Acalanto Natal, que tem por objetivo desenvolver um fluxo de trabalho para as gestantes que tem a intenção de entregar seu filho para adoção.
Este trabalho vai promover a interligação de informações e profissionais desses órgãos para facilitar o trâmite de adoção quando a mãe demonstra a intenção de não ficar com a criança. O Secretário da CEIJ, frisou ainda que antes dessa entrega da criança para adoção é sempre tentada “a manutenção da criança na própria família biológica, sugerindo a entrega para outros parentes próximos”.
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