quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

CRISE: Em 2017 um em cada três novos desempregados será brasileiro, segundo OIT.



Relatório da Organização Internacional do Trabalho alerta para as conseqüências da crise econômica no Brasil. Dentre os países que compõe o G-20, o Brasil será o que tem maior número de novos desempregados. O relatório aponta dados alarmantes para os trabalhadores, levando como base o fato de que nos últimos anos, entre 2016 e 2017, o Brasil já ocupava este posto de alta taxa de desempregados, que segundo a OIT deverá se manter para 2018.
No período de 2017, o número de desempregados no planeta, segundo a OIT, subirá mais 3,4 milhões, e a OIT estima que 1,4 milhões destes serão brasileiros. O número de desempregados no Brasil aumentará para 13,8 milhões, contribuindo para o aumento do desemprego mundial com 35% dos novos trabalhadores desempregados.
Os dados levam em conta aqueles que ocupavam postos de trabalho e foram demitidos, não entra na conta o imenso número de desocupados que passaram à população inativa, que depois de inúmeras tentativas desistiram de se inserir no mercado de trabalho, procurando alguma ocupação precária para sobreviver.
A pesquisa, que indica que de cada três novos desempregados em 2017, um será brasileiro, aponta outros dados alarmantes para os trabalhadores na economia mundial. O aumento de trabalho informal, causado diretamente pela falta de emprego, leva muitos novos trabalhadores desempregados a desistir da procura de emprego e sair desta estatística oficial, ocupando postos de trabalho informal, como trabalhos familiares, trabalhadores por conta própria etc. Segundo a pesquisa, estas atividades passarão a representar 42% da ocupação total no mundo todo. Quase um em cada dois trabalhadores.
O Brasil terá a terceira maior população de desempregados entre as maiores economias do mundo, perdendo apenas para a China e a Índia, países com população cinco vezes maior.
Ao mesmo tempo em que a crise econômica ceifa vidas, joga os trabalhadores que poderiam estar produzindo para a informalidade, a crise nunca foi tão lucrativa para uma meia-dúzia de empresários que detém a mesma riqueza que metade da população mundial junta. Esta outra pesquisa da Oxfam aponta: Oito bilionários capitalistas possuem a mesma riqueza que metade da população mundial.
Já no Brasil, o país do “um em cada três novos desempregados”, são seis os homens mais ricos que juntos concentram a riqueza de toda metade mais pobre da população. Era de se esperar que o governo Golpista do “não pense em crise, trabalhe” não mudasse nada disso, mas pelo contrário, aumentasse as condições de exploração através de seus ataques aos direitos trabalhistas, à CLT, e cortes nos serviços públicos.
Somente a construção de uma força anticapitalista dos trabalhadores pode dar uma saída progressiva para esta economia que lucra com a miséria social. Impondo aos empresários que batem recorde em seus lucros lucro a taxação das grandes fortunas, a redução da jornada de trabalho sem redução de salário para que todos tenham emprego. A abertura dos livros de contabilidade das empresas que dizem estar falindo e anunciam demissões, enquanto que as empresas que estejam sendo fechadas devem ser colocadas para funcionar sob controle dos trabalhadores.

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