As universidades federais têm um déficit de pelo menos 11 mil professores e servidores técnico-administrativos. São vagas para atender à demanda de graduações criadas na última década, como de Medicina, ou à expansão de cursos já existentes, mas os cargos não foram autorizados pelo governo federal. Com as lacunas, as instituições suspendem aulas, convocam docentes voluntários, deslocam professores de um câmpus a outro e relatam dificuldades para usar laboratórios.
A informação sobre o déficit de cargos consta de nota técnica do Ministério da Educação (MEC) enviada no fim de maio à Economia. No documento, o MEC calcula que, dos 8.373 cargos de docentes prometidos às universidades, só 4.644 foram de fato autorizados (déficit de 3.729).
Em relação aos técnicos – responsáveis por laboratórios e bibliotecas, por exemplo -, o problema é ainda maior: 7.273 cargos. No total, a rede federal tem 95 mil professores e 102 mil técnicos. A falta de pessoal fica evidente sobretudo após a metade dos cursos, quando há mais demanda por professores especialistas. Dirigentes de oito federais em todas as regiões do País dizem fazer “malabarismos” para driblar as dificuldades.
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