Foto: Julio Cavalheiro
O censo escolar da Educação Básica em 2021, cujos números foram divulgados nos últimos dias, revela a extensão do caos que tomou conta da Educação Pública no Estado do Rio Grande do Norte.
Culpar a pandemia de Covid-19 não explica números tão ruins, uma vez que todos os estados do País sofreram os efeitos da doença mais devastadora do nosso tempo.
A rede pública de ensino do Rio Grande do Norte é campeã quando o assunto são os índices de reprovação (10,7 por cento) e de abandono escolar (14,7 por cento).
O Rio Grande do Norte ostenta o triste e deplorável título de campeão do Nordeste e vice-campeão brasileiro em taxa de abandono escolar do País, ficando atrás apenas do estado do Pará, que apresentou, em 2021, uma taxa de 15,6 por cento.
Em matéria de reprovação, o RN ocupa a sexta colocação.
Os números do Censo Escolar da Educação Básica, reunidos pelo Instituto de Pesquisas Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que em 2021, no segundo ano da pandemia, bem mais alunos abandonaram a escola, diminuiu o número dos que conseguiram passar de ano e aumentou consideravelmente o contingente dos reprovados.
Trocando em miúdos: a gestão da professora Fátima Bezerra à frente do Governo do Estado não cumpriu sua missão na área educacional e deixou a desejar, com alunos sem aula, sem merenda, isolados em casa por falta de acesso à internet, condição essencial para a realização de aulas remotas.
A falta de treinamento e de equipamentos para os professores da rede estadual de ensino para ministrar aulas à distância, denunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sinte-RN), ajuda a explicar o caos confirmado dados do Inep.
Triste lição, professora Fátima.
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