Colaborar com investigações por meio de denúncias pode facilitar a elucidação de crimes, mas também significa um potencial risco a vida de quem o faz. No cenário nacional, o Rio Grande do Norte ocupa, em fevereiro, a liderança em quantidade de testemunhas protegidas junto com Goiás, são 30 pessoas em ambos. No mês que vem, o estado será líder sozinho, quando chegará ao número de 40 testemunhas sob proteção do Governo Federal. Os dados foram relevados pela coordenação Geral do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita).
Atingindo marcas históricas de violência e que batem recordes ano a ano o estado nunca teve tantas testemunhas de crimes protegidas de uma única vez. Somente de homicídios, esse ano registrou um aumento de 6,8% entre janeiro e fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado, saltando de 294 para 314. Para o coordenador do Provita, Wellington Pantaleão da Silva, dois fatores são fundamentais para explicar a atual realidade: a constante atuação da Força Nacional – desde 2015 - e do Ministério Público do Estado, com destaque para o último, responsável por maior parte dos envios ao programa e o segundo fator é a alta criminalidade.
Testemunhas de homicídio, em especial casos de chacinas e tráfico de drogas compõe maior parte do quadro de pessoas que estão sob proteção federal oriundas do estado potiguar. O perfil das pessoas, conforme detalhou Wellington Pantaleão, é diversificado. São homens e mulheres entre 25 e 40 anos.
De acordo com o Ministério Público Estadual, maior parte das pessoas encaminhadas ao Provita são menos abastadas, possuem pouca renda e baixa escolaridade. Os locais onde residem geralmente estão localizados em bairros onde as “manchas criminais” são mais elevadas. Diferente dos crimes hediondos, os crimes do patrimônio não apresentam necessidade de proteção, segundo o MPE, delatores de esquemas de corrupção no RN não fazem parte, atualmente, de nenhum programa de auxilio à testemunha. Continue lendo aqui...
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