segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Corrupção pode ser uma das causas de fugas nas penitenciárias do Estado, diz secretário


Foto: Adriano Abreu

Somente nas últimas 48 horas, vinte e cinco presos conseguiram escapar do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte. Na madrugada de sábado (17) para domingo (18), 19 detentos utilizaram uma ‘teresa’ e fugiram da Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP). Já na manhã desta segunda-feira (19), outros seis escaparam do Presídio Provisório Raimundo Nonato, localizado na Zona Norte de Natal.
Ao todo, já foram registradas 373 fugas no Rio Grande do Norte somente em 2016. O número é 43% maior do que o registrado no ano passado, quando 212 presos fugiram do sistema carcerário potiguar. Um dos principais questionamentos levantados pela população é o que tem acontecido para que tantos presos estejam obtendo êxito em tentativas do fugas no RN.
Para o delegado Wallber Virgolino, titular da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), a corrupção de servidores é uma possibilidade que está sendo investigada pelo Governo, uma vez que o número elevado de fugas não está dentro do que poderia ser tachado como ‘normal’.
“Estamos apurando o sucesso dessas fugas. Um preso só tem três maneiras de sair da cadeia: morto, fugindo ou através de conhecimentos. Sabemos que o serviço nas penitenciárias é precário, mas não podemos entrar em pânico. Vamos apurar possíveis práticas de corrupção ou qualquer outra vertente que possa estar causando esse panorama”, declarou.
Questionado sobre o aumento registrado de um ano para outro, o secretário preferiu não utilizar dos números que foram ‘construídos’ antes da sua chegada à pasta. “Eu só posso falar a partir do momento em que assumi. O RN passou três meses sem registrar nenhuma fuga. Agora tivemos essa, que apesar de ter chegado a 19 o número contabilizado, não foi nada cinematográfico. Vamos apurar o que está acontecendo e tomar medidas cabíveis”, completou.

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