quinta-feira, 23 de julho de 2015

Em greve, professores da UFPB analisam propostas do governo nesta sexta-feira


Esta pode ser uma semana decisiva para o movimento grevista na UFPB. Na sexta-feira (24/7), os professores voltam a se reunir em assembleia e vão avaliar o resultado de duas importantes mesas de negociação. A primeira delas aconteceu na segunda-feira (20), no Ministério do Planejamento (Mpog). A segunda foi nesta quarta-feira (22) e tratou de questões específicas do setor da educação - por essa razão, contou também com a presença de representantes do Ministério da Educação.

Serão realizadas assembleias nos campi de João Pessoa, Areia e Bananeiras, todas elas às 9h. Em João Pessoa, a reunião será no auditório da reitoria. Além dos professores do campus I (incluindo os da unidade Centro de Ciências Jurídicas de Santa Rita), também participam dessa reunião os docentes dos campi IV (Litoral Norte) e V (Mangabeira). Em Areia e Bananeiras, a assembleia acontecerá nas respectivas subsecretarias do Sindicato dos Professores (Adufpb).

As assembleias vão avaliar o resultado das duas mesas de negociação realizadas esta semana. Na última segunda-feira, representantes do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fórum dos SPF) reuniram-se com o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, que insistiu na proposta de reajuste salarial de 21,3% parcelado em quatro anos.

Essa foi a terceira audiência de negociação desde o lançamento da campanha salarial unificada dos SPF, no dia 25 de fevereiro. Nas duas primeiras, a única proposta foi o índice de 21,3% parcelado em quatro vezes - 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019. Na última, a negociação apresentou avanços em termos da negociação dos benefícios.

Para os auxílios alimentação e saúde, sem reajuste há três anos, o governo propôs correção de 22,8%, o primeiro passaria a ser R$ 458 e o último proporcional por faixa etária, sendo o mínimo R$ 101 e o máximo R$ 205. Já o auxílio creche, desde 1995 sem correção inflacionária, o acúmulo representa um reajuste de 317%, variando de acordo com os valores praticados em cada estado.

Mesa setorial

Já nesta quarta-feira, os docentes participaram de uma mesa setorial de negociação, que discutiu especificamente a pauta de reivindicações da educação, mas não trouxe avanços. O Ministério do Planejamento apenas reafirmou a proposta já apresentada ao Fórum dos SPF de reajuste de 21,3%, parcelado em quatro anos.

O Secretário da SRT/Mpog, Sérgio Mendonça, sinalizou que o percentual poderia ser aplicado para a reestruturação da carreira do professor federal ou aplicado de forma linear. Diante de nova recusa das entidades presentes, foi apontada uma nova reunião ainda no mês de julho, para que os representantes do governo apontem onde é possível avançar e quais propostas efetivas têm em relação às pautas apresentadas.

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