quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Carnaval 2017 levanta suspeita em municípios do Oeste potiguar

O Ministério Público Estadual (MPRN) está sendo chamado para investigar o Carnaval de Tibau. Quem está provocando é a oposição, baseado em suspeita deque a festa privada tenha a garantia de recursos públicos. O prefeito Naldinho, de pronto, nega. O carnaval terá quase uma dezena de atrações, entre elas o cantor baiano Ricardo Chaves e a banda natalense Grafith.

Segundo informações da Secretaria Municipal de Turismo, a festa é de responsabilidade da iniciativa privada, inclusive, com venda de abadás (R$ 60,00 a temporada), e a Prefeitura entrará apenas com o apoio logístico e estrutura de iluminação e limpeza.

O secretário de Turismo, Mílton Guedes, tem sido o porta-voz do Carnaval, não aparecendo, até aqui, a empresa ou empresários responsáveis pelo carnaval. Daí, a suspeita.

Para não fazer prejulgamento, a oposição provoca o Ministério Público para investigar os bastidores da folia e, assim, tirar qualquer dúvida ou alcançar se existir algo errado. 
É bom lembrar que o Ministério Público Estadual recomendou aos prefeitos evitar gastar dinheiro público com o Carnaval, principalmente os municípios afetados pela crise financeira.

O governador Robinson Faria (PSD), seguindo o raciocínio lógico de um Estado quebrado, também proibiu qualquer despesa com Carnaval, inclusive, emitiu recomendação aos auxiliares para sequer oferecer apoio que venha a demandar dinheiro do cofre estadual. Macau, por exemplo, não terá a festa neste ano.

O prefeito Túlio Lemos (PSD), acatando a recomendação do MPRN, decidiu cancelar o evento. O município rico em petróleo e sal ficou conhecido por realizar o maior carnaval do interior potiguar, mas também a que sofria maior sangria do dinheiro público para bancar a festa, inclusive, sendo alvo de investigação do Ministério Público que transformou em réu o ex-prefeito Flávio Veras (PMDB).

Os donos da Banda Grafith, que está na programação do carnaval de Tibau, também foram denunciados por envolvimento na operação batizada de “Máscara Negra”, assim como o atual prefeito de Caraúbas, Juninho Alves (PSD), que é um dos donos da Banda Saia Rodada. Aliás, o Olho D'água de Caraúbas, que pertence ao prefeito, também anunciou o seu Carnaval.

O Município de Apodi, que até dezembro não conseguia pagar as suas contas, também fará um Carnaval caro, com mais de uma dezena de atrações, entre elas É o Tchan, da Bahia. O custo geral será superior a meio milhão de reais. A oposição pede atenção especial ao Ministério Público, inclusive, sugere observar o empresário responsável pela contratação das bandas e cantores que animarão a folia apodiense. O prefeito Alan Silveira (PMDB) garante que está tudo ok e que o importante é a folia.

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