quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Pesquisa investiga potencial de fungos micorrízicos arbusculares para a restauração do meio ambiente

Mesmo tendo uma presença imperceptível, os Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA) desempenham importante papel ambiental. Esses microrganismos estimulam o crescimento e resistência de várias espécies de plantas sem prejudicar o ambiente ao redor, promovendo uma interação útil para, por exemplo, substituir produtos químicos na fertilização e recuperação de solos degradados. No Rio Grande do Norte, os FMA também estão presentes e representam um potencial neste sentido. É o que evidencia a pesquisa de doutorado da bióloga Juliana Lima, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Sistemática e Evolução da UFRN (PPGSE/UFRN), que explora regiões remanescentes da Mata Atlântica potiguar para saber mais sobre a ação e comunidade biológica desses fungos. 

A pesquisa reconhece as espécies de FMA presentes na serapilheira e detalha o potencial de revitalização e preservação ambiental desses organismos presentes em abundância em vários ecossistemas. Com apoio de outros pesquisadores, a bióloga foi a três locais remanescentes da Mata Atlântica no RN: a Reserva Particular do Patrimônio Natural da Mata Estrela, no município de Baía Formosa, a Floresta Nacional de Nísia Floresta e a Fazenda Sapé, ambas localizadas na Área de Proteção Ambiental Bonfim-Guaraíra. A partir disso, investigou a presença, a abundância e a variação de fungos em diferentes espécies vegetais e a influência da qualidade da serapilheira, bem como de fatores químicos  do solo na presença e abundância dos fungos. 

“Já conseguimos documentar a ocorrência desses fungos em folhas em decomposição da serapilheira em áreas de Mata Atlântica do Rio Grande do Norte e identificar algumas espécies que estão ocupando essa matriz biológica. A serapilheira mostra-se como uma fonte pouco explorada para estudo desses organismos e, pela primeira vez, foi possível identificar, a nível de espécie, quais são os fungos que estão ocorrendo nas folhas em decomposição”, explica Juliana Lima.

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