O Brasil registra uma média de 73 mil casos anuais de tuberculose. Já o Rio Grande do Norte, em 2020, notificou 1.465 casos de todas as formas clínicas da doença, com os maiores números em Natal, Mossoró e Parnamirim. Em 2019, o estado havia registrado 1.597 casos do agravo. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
Em alusão ao Dia Nacional de Combate à Tuberculose, celebrado nesta terça-feira (17), a Sesap reforça a importância das ações educativas e informativas junto à população. Prevenção contra a doença, diagnóstico precoce e o incentivo ao tratamento adequado das pessoas diagnosticadas com o agravo estão entre as pautas para o combate à doença. Além disso, ações fundamentais como palestras em salas de espera, fixação de faixas e cartazes informativos, concessão de entrevistas em rádios locais, entre outras ações, tem como intuito o esclarecimento para a população sobre a tuberculose.
Sintomas e tratamento
A Tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e transmissível por via aérea, ou seja, ocorre a partir da inalação de aerossóis, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. Na TB pulmonar, o principal sintoma é a tosse (seca ou produtiva). Por isso, recomenda-se que todo sintomático respiratório (pessoa com tosse por três semanas ou mais) seja investigado para a Tuberculose. Há outros sinais e sintomas, além da tosse, que podem estar presentes, como febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga, entre outros.
O tratamento dura seis meses, sendo acompanhado pelos profissionais de saúde, por meio de consultas, exames e dispensação do tratamento medicamentoso regularmente.
Diagnóstico
A Sesap ressaltou que o Programa Estadual de Controle da Tuberculose (PECT) acompanha a ocorrência de casos, desde o diagnóstico até a cura, estimulando a busca ativa de suspeitos para o diagnóstico precoce, realizado prioritariamente por meio do Teste Rápido Molecular, equipamento que detecta a presença do M. tuberculosis no organismo, além de mostrar o padrão de resistência à Rifampicina, um dos principais fármacos do arsenal terapêutico utilizado para o tratamento.
Outro ponto destacado pelo Programa consiste na necessidade de um olhar ainda mais atento por parte dos profissionais de saúde e também das pessoas em geral nesses tempos de covid-19, já que as duas doenças têm sintomas em comum, como tosse, febre, cansaço/fadiga e dificuldade de respirar. “Divulgar a tuberculose, mostrando seus sinais e sintomas, bem como onde se pode obter ajuda para identificar e tratar os doentes, é o caminho para combater o estigma que cerca a doença e diminuir os coeficientes de incidência e de mortalidade, não só na população geral, mas também naquelas que apresentam algum grau de vulnerabilidade, como a população privada de liberdade, portadores de HIV, crianças e idosos”, disse Valéria Nepomuceno, responsável técnica do PECT.
Confira aqui a nota de mobilização aos municípios
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