terça-feira, 17 de novembro de 2020

CAGED: Mercado de trabalho potiguar se mantém em recuperação

 


No mês de setembro, o mercado de trabalho potiguar deu continuidade ao processo de recuperação nas contratações de mão de obra com carteira assinada, embora com menor intensidade em relação a agosto.

Da diferença entre admissões e desligamentos resultou um saldo de +4.462 empregos gerados ante +5.875 no mês anterior.

O volume de contratações líquidas do mês representa um crescimento de 1,07% em comparação ao estoque de celetistas estimados até agosto. Mas no acumulado de janeiro a setembro, o saldo ainda é negativo em -5.824 postos de trabalhos, correspondentes a um decréscimo de -1,36% no total de empregados em regime de CLT.

Na série histórica para meses de setembro, iniciada em 2007, o atual resultado é o maior desde 2013, quando foram abertas 5.182 vagas; mas também fica praticamente abaixo dos volumes dos demais anos anteriores (exceção apenas para setembro de 2009). No que diz respeito ao conjunto da Indústria, os 932 postos de trabalho abertos representam o melhor setembro desde 2017 (+961).

As contratações gerais do mês foram puxadas pelo cultivo do melão, da melancia e de outras frutas e pelo corte da cana-de-açúcar, resultando em um saldo de +1.564 vagas abertas na Agropecuária. O Comércio e Serviços se destacaram em segundo e terceiro lugares, com saldos de +994 e +972, respectivamente, bastante próximos ao da Indústria, +932.

A Indústria

Para a indústria potiguar, setembro representa o segundo mês com saldo positivo de contratações (o outro foi agosto) a contar de fevereiro. O balanço entre admissões e desligamentos no acumulado do ano é positivo em apenas +116 vagas. O arrefecimento das contratações no conjunto do setor, no mês, pode estar relacionado ao recuo na Construção (-112 vagas), que vinha estimulando o desempenho do restante da Indústria.

É possível que esta queda de vigor seja, em grande parte, devido à proximidade do período de eleições para o executivo municipal, quando as prefeituras estão submetidas a restrições legais de contratações de novos produtos e serviços. Se tal explicação estiver correta, o menos fôlego da construção deve durar até os primeiros meses de 2021.

O principal destaque industrial do mês em termos de abertura de vagas foi registrado pela Confecção do vestuário (+272 contratações), que ainda apresenta um saldo -1.735 vínculos contratuais no acumulado do ano. A moagem da cana-de-açúcar propiciou a abertura de +171 vagas na produção de álcool no mês; e o segmento de geração e transmissão de energia elétrica favoreceu a criação de +107.


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