As escalas operacionais do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte foram reduzidas por tempo indeterminado. A carga horária, que antes era de 24 horas de serviço por 72 horas de descanso, passará a ser de 24 por 48 horas. Ou seja, antes da portaria, a cada plantão, os bombeiros folgavam três dias. Agora, serão apenas dois.
A decisão foi publicada no último sábado, 29, pelo Comandante Geral da corporação, o coronel Josenildo Acioli Bento. A alteração é algo comum no período de eleições, mas, dessa vez, não há prazo para a normalização das escalas, o que preocupou os membros da corporação.
De acordo com a portaria, entre as justificativas para as mudanças estão o baixo efetivo e restrições no orçamento que comprometem o pagamento das diárias operacionais. Entretanto, para a Associação dos Bombeiros do RN (ABM-RN), esse tipo de decisão não resolve os problemas enfrentados pela corporação. “Reduzir a escala é desumanizar ainda mais o nosso trabalho. Isso não melhora a qualidade do serviço, pois o período de descanso diminui e o estresse aumenta”, afirmou Dalchem Viana, presidente da ABM-RN.
Os membros da associação marcaram uma assembleia geral extraordinária para o dia 30 de outubro para discutir a questão e a jornada de trabalho dos profissionais da área. “Aumentar a carga de trabalho chega a ser algo desumano”, completou Dalchem.
O Agora RN entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), mas foi informado que a pasta só se posicionaria através do CBM. A corporação declarou que não havia necessidade de resposta, visto que as justificativas estão na portaria.
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