quarta-feira, 25 de julho de 2018

Brasil perdeu US$ 3,99 bi em exportação para a Aliança do Pacífico em 2017



Se o Brasil tivesse mantido sua participação nas importações realizadas pelos países da Aliança do Pacífico entre 2008 e 2017, ele teria exportado US$ 3,99 bilhões a mais, no somatório, aos quatro países do bloco – México, Colômbia, Peru e Chile – apenas em 2017. O cálculo é da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
No período analisado, o Brasil perdeu participação nas importações de todos os países da Aliança do Pacífico ao longo da última década, com exceção do Chile. De acordo com a CNI, entre 2008 e 2017, a presença brasileira no total de importações realizadas pelo México passou de 1,7% para 1,3%. No caso da Colômbia, o percentual caiu de 5,9% para 5% no mesmo período. No Peru, foi de 8% para 6% e, no caso do Chile, a participação nas importações do país cresceu de forma tímida, de 8,4% para 8,6% entre 2008 e 2017.
Na reunião de chefes de Estado do Mercosul e da Aliança do Pacífico, nesta terça-feira (24), em Puerto Vallarta, no México, a indústria brasileira defende o aprofundamento da agenda de acordos comerciais entre os dois blocos e a negociação de temas não tarifários, como a redução da burocracia no comércio exterior.
Na avaliação da CNI, acordos comerciais celebrados pelos países da Aliança do Pacífico, sobretudo com os Estados Unidos e a União Europeia, e a negociação de temas não tarifários com essas mesmas economias têm contribuído para que o Brasil concorra em condições menos favoráveis dentro do bloco.
“O Mercosul precisa ampliar e fortalecer os acordos comerciais com os países da Aliança do Pacífico não só pela proximidade geográfica, mas para se ter normas e regulamentos aceitáveis entre os países, facilitando e estimulando cada vez mais a relação entre os blocos”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.
A indústria entende que é necessário ampliar a negociação entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico no que diz respeito às regras do comércio internacional, com destaque para temas não tarifários. Entre esses temas estão a redução de burocracia no comércio exterior entre os blocos (com a definição de prazos máximos para a liberação de mercadoria, por exemplo); a eliminação de barreiras técnicas sanitárias e fitossanitárias; e um alinhamento em regulamentações entre esses países.

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