Há exatamente duas décadas, uma pequena pílula azul em forma de losango virava uma verdadeira sensação. O viagra permitiu que milhões de homens voltassem a ter relações sexuais e expôs ao mundo a questão da impotência sexual, um grande tabu. Mas essa revolução sexual ignorou as mulheres que sofrem de disfunção e perda de libido. Elas ainda estão à espera de uma cura milagrosa que também lhes permita retornar a uma vida sexual gratificante, apontam os especialistas.
Cerca de 65 milhões de prescrições de Viagra, fabricado pelo laboratório americano Pfizer, foram emitidas em todo o mundo. O medicamento foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) americana em 27 de março de 1998, tornando-se o primeiro comprimido a ajudar os homens a ter uma ereção. Os benefícios desse blockbuster milagroso foram elogiados nos programas de televisão, nos jornais e revistas. Sua comercialização coincidiu com a ascensão da internet e a explosão da pornografia on-line. O léxico do marketing também mudou: não é mais uma questão de “impotência masculina”, mas de “disfunção erétil”, uma condição médica que agora pode ser tratada.
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