sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Homem sobrevive graças a transplante de pele do irmão gêmeo

 Franck sofreu queimaduras em mais de 95% de seu corpo e foi salvo por um transplante de pele de seu irmão gêmeo (Foto: Francoi Lo Presti / AFP)
Franck Dufourmantelle, de 33 anos, estava com queimaduras em 95% do corpo. Ele foi salvo graças ao transplante de pele de seu irmão gêmeo em hospital na França, uma conquista sem precedentes de acordo com médicos.
Até agora, haviam sido registrados dois casos de transplante entre gêmeos de até 68% da superfície do corpo, segundo o cirurgião. De acordo com o estado de saúde de Franck, a probabilidade de sobrevivência era quase nula.
A vantagem da pele transplantada ser “de família” é que nunca será rejeitada pelo corpo e, portanto, não precisa de um tratamento imunossupressor. Isso acontece porque os gêmeos idênticos têm o mesmo capital genético, segundo os médicos.
Acidente de trabalho
Em 27 de setembro de 2016, Franck foi admitido no hospital após sofrer um acidente no trabalho.

Os médicos descobriram que ele tinha um gêmeo homozigoto (do mesmo óvulo), Eric Dufourmantelle. O paciente passou por uma dezena de operações, incluindo os transplantes e intervenções para retirar a pele queimada e tóxica para o organismo, segundo Mimoun.
A primeira cirurgia aconteceu sete dias depois da hospitalização. Os irmãos foram operados ao mesmo tempo, com o objetivo de realizar o transplante de forma imediata. Os médicos repetiram o procedimento no 11° e no 44° dia da internação para cobrir a totalidade da superfície queimada.
Hoje, Franck que voltou a caminhar e está em casa. Ele segue um programa de reabilitação em uma clínica, de acordo com equipe médica responsável.
Segundo a agência RFI, a pele do doador foi retirada na forma de “camadas finas” do crânio, que cicatriza rapidamente, em menos de uma semana. Pequenos pedaços de 5 a 10 cm de largura também foram extraídos das costas e das coxas de Eric, que demoraram dez dias para cicatrizar.
No total, 45% da pele transplantada foi obtida por meio de uma máquina que ampliava os pedaços menores, num processo semelhante à fabricação de meias-calças femininas. O tecido era depois transferido para as áreas queimadas.
Para o doador, as operações quase não deixaram marcas. “Talvez tenha uma pequena diferença de pigmentação”, afirmou o médico.
Geralmente, pessoas com quase 100% do corpo queimado recebem a pele de um doador falecido, mas esta é sistematicamente rejeitada após algumas semanas e deve ser substituída.

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