segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Coreia do Norte pode ter alcançado tecnologia exclusiva de potências

  
O GLOBO 
A provável bomba de hidrogênio utilizada no teste nuclear da Coreia do Norte insere o regime asiático num pequeno grupo de países líderes na tecnologia militar. Foram os únicos capazes, até hoje, de produzir este tipo de artefato. As cinco nações são EUA, Reino Unido, China, França e Rússia (à época, União Soviética) — que, atualmente, são os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Outros países, embora desenvolvam aparatos explosivos, possuem apenas bombas atômicas, e não as de hidrogênio.. 
O primeiro a ter explodido uma bomba de hidrogênio foram os EUA, em 1952, sete anos depois das bombas atômicas contra Hiroshima e Nagasaki. Nos anos seguintes, os outros países seguiram o mesmo caminho. Agora, os especialistas apontam que há fortes evidências de que a Coreia do Norte também tenha desenvolvido sua bomba-H, sobretudo por conta da magnitude do terremoto provocado pela explosão. 
As bombas atômicas “comuns” funcionam a partir da fissão (quebra) de átomos de urânio ou plutônio em elementos mais leves numa reação em cadeia. Já as bombas termonucleares obtêm grande parte de sua capacidade destrutiva da fusão de ligas de lítio com deutério e trítio, isótopos mais pesados do hidrogênio, para produzir hélio, num processo similar ao que acontece em estrelas como o Sol. 
Assim, para detonar uma bomba de hidrogênio, é preciso recriar as condições extremas de temperatura e pressão encontradas no interior de estrelas. E, para isso, se usam justamente bombas atômicas convencionais, num processo em dois estágios, em que sua explosão serve como “gatilho” para a fusão dos isótopos de hidrogênio, o que faz com que também sejam chamadas de armas termonucleares. 
Desta forma, numa bomba atômica “comum”, a força da explosão pode chegar ao equivalente a poucas dezenas de milhares de toneladas de TNT (kilotons). Já nas “melhoradas”, ela sobe para mais de 50 kilotons, enquanto nas bombas de hidrogênio teoricamente não há um limite. A maior já detonada, pela antiga União Soviética em 1961, atingiu estimados 50 mil kilotons, ou 50 megatons, com uma estratégia de três estágios, dois deles de material fundíve

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