terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Assessor de Messi admite que ele usou jogos beneficentes para delitos fiscais

Messi é investigado por delitos fiscais na Espanha. Foto: Divulgação

As investigações da receita espanhola sobre possíveis delitos fiscais cometidos por Lionel Messi, em curso desde 2013, chegaram a um ponto crucial nesta terça-feira. Em reportagem do jornal “El País”, Guillermo Marín, empresário argentino que foi sócio do atacante do Barcelona em jogos beneficentes que o jogador promoveu nas últimas temporadas, teria admitido que parte da renda desta partidas foi transferida para paraísos fiscais de Curaçao e Hong Kong.
Em depoimento à justiça espanhola, Marín se contradisse. Segundo o jornal, o empresário disse primeiro que Messi não cobrava nada para esses eventos. Depois, admitiu que para cada um dos seis jogos beneficentes que disputou nos Estados Unidos entre 2012 e 2013, a fundação do jogador recebeu US$ 50 mil, um total de US$ 300 mil. Pressionado pelos questionadores, reconheceu que transferiu o dinheiro para uma conta em banco de Curaçao, paraíso fiscal no Caribe.
Além dos jogos nos Estados Unidos, Messi também fez partidas beneficentes em Medellín e Bogotá, na Colômbia. Segundo o empresário, a partir do arrecadado nestes jogos, pretensamente beneficentes, cinco transferências bancárias foram feitas para a mesma conta em Curaçao.
O juiz que cuida do caso, Eduardo Lopez Palop, deve enviar uma carta rogatória para o paraíso fiscal para determinar quem está realmente por trás da conta. Nos documentos de transferências feitas há manuscritos com os sobrenomes “Messi e Marin”.
Quanto às suspeitas em relação a contas em Hong Kong, o inquérito afirma que há testemunhas que falam em depósitos de US$ 4 milhões de dólares que Messi teria recebido por essas partidas beneficentes.
A justiça de Madri agora busca provas de que o proprietário dessas contas é Messi ou suas empresas. Por ter residência em Barcelona, ​​o astro argentino é obrigado a pagar impostos na Espanha pela receita que receber fora ou dentro do país. Não declarar receitas superiores a US$ 120 mil é tratado como delito fiscal na Espanha e por isso Messi pode receber multa

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