segunda-feira, 13 de março de 2023

Brasil passa longe da meta de vacinação contra o HPV

A vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) no Brasil terminou o ano passado com uma cobertura abaixo da meta de 80%.

Entre as meninas, a primeira e a segunda dose tiveram, respectivamente, 75,91% e 57,44% de adesão, de acordo com balanço divulgado neste ano pelo Ministério da Saúde. Entre os meninos, os números são ainda menores: 52,26% na primeira aplicação e 36,59% na segunda.

A vacina foi introduzida pelo ministério em 2014 e, atualmente, é oferecida em duas doses para garotas e garotos de 9 a 14 anos.

O imunizante também é ofertado a pessoas de 9 a 45 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos, grupo com maior risco de desenvolver complicações relacionadas ao papilomavírus.

As baixas taxas preocupam a pasta e profissionais da saúde pela associação do HPV ao câncer de colo do útero, de pênis, vulva, canal anal e orofaringe, além das verrugas genitais.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o vírus é responsável por mais de 95% dos casos de câncer de colo uterino, doença que mata cerca de 340 mil mulheres a cada ano.

No Brasil, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) estima 17.010 novos casos em 2023, o que posiciona o câncer cervical como o terceiro mais incidente na população feminina. Aqui, a neoplasia é a causa de mais de 6.620 mortes por ano.

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