Dados extraídos da plataforma Climatempo pela Neoenergia Cosern revelam que entre os dias 1 de janeiro e 20 de março deste ano o Rio Grande do Norte foi atingido por 60.959 raios. Esse volume de descargas atmosféricas representa um crescimento de 36% em relação ao mesmo período do ano passado e já está perto de superar o total de 2022, quando foram registradas 77.382 quedas de raios no território potiguar, principalmente nas regiões do Seridó, Vale do Assu, Oeste e Alto Oeste. Somente em Mossoró, no dia 22 de fevereiro, caíram 2.239 raios.
“Monitoramos, de maneira ininterrupta, a questão climática em todas as regiões do Rio Grande do Norte. Nossas equipes são treinadas para atuar no menor intervalo de tempo possível quando há interrupção no fornecimento de energia provocado pela queda de um raio, priorizando sempre a segurança da equipe e da população”, ressalta Osvaldo Tavares, superintendente Técnico da Neoenergia Cosern.
Perturbações no sistema e danos
Os quase 61 mil raios que já caíram no estado este ano causaram 1.399 interrupções no fornecimento de energia elétrica e danificaram aproximadamente 400 equipamentos do sistema, incuindo postes, transformadores, isoladores e cabos. Além de provocar perturbações no sistema elétrico da distribuidora, a queda de tantos raios pode comprometer as instalações elétricas das residências.
“A energia contida no raio sempre procura a terra”, explica Thelmo Varela, engenheiro eletricista da Neoenergia Cosern. “Ao atingir uma edificação, o caminho natural que ela percorre é por meio das partes condutivas das instalações elétricas, as ferragens estruturais ou, quando existentes, os cabos e hastes específicos para essa função. Por isso, é extremamente importante que durante uma tempestade acompanhada de raios as pessoas retirem os aparelhos elétricos das tomadas como forma de prevenção a choques e danos nos eletrodomésticos”, diz o engenheiro.
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