A Polícia Federal instaurou novo inquérito para investigar o atentado contra a vida do candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PSL), há 15 dias. De acordo com o ministro da Segurança, Raul Jungmann, as apurações vão se aprofundar no que foi descoberto com a quebra do sigilo bancário do autor da agressão, Adélio Bispo de Oliveira, bem como as informações coletadas em computadores que o suspeito teria utilizado.
A PF desconfia que Adélio Bispo poderia estar sendo patrocinado por um grupo. Extratos bancários recolhidos mostraram um rastro frequente de transferências de valores e depósitos em espécie. Conforme informações da revista Crusoé, haveria pistas de que Adélio não foi financiado por partidos políticos para tentar assassinar Bolsonaro, mas sim pelo PCC – grupo criminoso que seria um dos alvos do candidato caso fosse eleito presidente da República.
Durante o primeiro inquérito, foi descoberto, graças à quebra de sigilo telefônico, que Adélio Bispo fazia contatos telefônicos com várias cidades pelo Brasil. Em Juiz de Fora, local onde Jair Bolsonaro fazia ato público quando foi esfaqueado por Adélio, a PF apurou que computadores de uma lan house haviam sido utilizadas pelo autor do atentado para se comunicar. A cada dia, conforme as investigações, Adélio utilizava um computador diferente. As máquinas foram apreendidas e no momento passam por perícia.
Outro fator que causa o estranhamento da Polícia Federal e da população é a contratação de quatro advogados para defender Adélio Bispo. Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa, Zanone Manuel de Oliveira Júnior, Fernando Costa Oliveira Magalhães e Marcelo Manoel da Costa formam o time contratado para trabalhar para Adélio. A PF questiona como Adélio teria arrecadado dinheiro o suficiente para contratar quatro advogados. Ao ser questionado, Zanone Júnior disse que a equipe havia sido paga por igrejas evangélicas, o que foi prontamente desmentido pelos representantes delas. Uma das igrejas, inclusive, pediu que o advogado se retratasse pelo que disse.
A Polícia Federal conseguiu, por meio de pedido na Justiça, a prorrogação do primeiro inquérito sobre o ataque a Bolsonaro. As investigações continuarão por mais 15 dias.
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