domingo, 2 de abril de 2017

CHUVAS E DESLIZAMENTO DEIXAM MAIS DE 250 MORTOS NO SUL DA COLÔMBIA



O número de mortos depois das chuvas e deslizamento que atingiram Mocoa, no sul da Colômbia, subiu para 254, em balanço divulgado pela CNN, BBC e a Reuters, na manhã deste domingo (2). Cerca de 1,1 mil estão mobilizados na busca de desaparecidos. O governo decretou estado de calamidade pública.
A Cruz Vermelha estima que 220 pessoas ficaram feridas. O site da rádio colombiana Caracol afirma que o número de desparecidos ainda está indeterminado. No levantamento da Cruz Vermelha divulgado no sábado (1º), mais de 200 pessoas estavam desaparecidas. Devido ao elevado número de desaparecidos, o número de mortos pode subir bastante ainda.
Chuvas muito intensas provocaram o transbordamento de dois rios em Mocoa, no Sul da Colômbia (Foto: César Carrión/Oficina de Prensa de la Presidencia de Colombia via AP)
A cidade de 45 mil habitantes, capital do departamento de Putumayo, ficou devastada depois de ser atingida por fortes chuvas na noite de sexta-feira (31). A CNN relata que o temporal, que começou às 22h30 (no horário local), foi tão rápido que as pessoas tiveram que correr para escapar da água.
Os rios Mocoa, Mulato e Sancoyaco transbordaram e muita terra foi arrastada até o centro de Mocoa, que fica perto da fronteira com o Equador e Peru. Pontes e estradas ficaram destruídas.
Dezessete bairros foram afetados. Apenas com o nascer do dia as autoridades puderam ver a amplitude dos estragos. “Mocoa é uma capital desolada, sem água, sem luz, sem gás”, diz o jornal “El Tempo”.
Homem olha área destruída pelas chuvas em Mocoa, na Colômbia, no sábado (1º) (Foto: Jaime Saldarriaga/ Reuters)
O presidente Juan Manuel Santos foi à Mocoa para supervisionar os esforços de resgate e falar com as famílias afetadas.
Fotos divulgadas força aérea mostravam ruas na vizinha cheias de lama e casas danificadas, enquanto vídeos de celulares nas mídias sociais mostravam moradores buscando por sobreviventes. Um vídeo publicado no Twitter mostra como ficou Mocoa após as fortes chuvas.
“É uma área grande”, disse à Caracol o prefeito de Mocoa, José Antonio Castro. “Uma grande parte das muitas casas foi tomada pela avalanche, mas acima de tudo as pessoas foram avisadas com tempo suficiente para sair, mas casas em 17 bairros foram devastadas.”
Menos de um mês antes disso, outro deslizamento de terra matou várias pessoas perto de Medellín, quase 500 quilômetros (310 milhas) ao norte.
Nesta manhã, o Papa Francisco expressou sua solidariedade com as vítimas da tragédia em Mocoa. Ele irá visitar a Colômbia em setembro deste ano.

Resgates
A Cruz Vermelha, o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil participam das operações de resgate. O trabalho das equipes de resgate é difícil, porque o acesso ao local é limitado. As únicas opções de transporte são avião e estradas precárias, de acordo com a BBC.

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