domingo, 30 de abril de 2017

Aos 116 anos, mexicana é considerada “velha demais” para ter cartão bancário

Uma mulher foi considerada “velha demais” para obter um cartão bancário no México. Nascida na virada do século XX, Maria Félix precisava do cartão para receber os pagamentos mensais de 1,2 mil pesos (R$ 204) da sua aposentadoria. Em sua certidão de nascimento, está escrito que Félix fará 117 anos de idade em julho deste ano, tornando-a uma das pessoas mais velhas do mundo.

A senhora ficou três meses sem receber o apoio financeiro do governo depois de ser rejeitada por uma filial do banco Citibanamex por ser velha demais. Beneficiários precisam ter contas pessoais por causa de regras de transparência, explicou o secretário do Desenvolvimento do estado de Jalisco, Miguel Castro.

“Eles me disseram que o limite de idade era 110 anos”, contou Félix ao jornal britânico “The Guardian”. A mulher, que vende doces em frente a sua casa, conseguia se sustentar com as vendas modestas, mas não pôde conter sua alegria quando Castro tomou ciência de seu caso e a entregou um cheque pessoalmente. “Cedo ou tarde, Deus providencia”, disse a senhora.

Em uma declaração por e-mail, o Citibanamex, uma unidade do Grupo Citi, disse que a idade de Félix excedia “limites de calibração” do sistema e que estava trabalhando para conseguir o cartão da mulher assim que possível. Eles afirmaram estar ajustando o sistema para que a situação não se repita. Castro descreveu a situação como “absurda” e garantiu que seu escritório continuará a enviar cheques até que o problema seja resolvido.

Félix já viveu mais que seis de seus dez filhos e credita sua longevidade a Deus. A mulher tem saúde surpreendente para sua idade, recusando cadeira de rodas quando é oferecida e preferindo usar uma bengala quando tem dificuldades de locomoção. Apesar do inconveniente por ser considerada velha demais para ter um cartão, Félix não se preocupou tanto com a falta do pagamento. “Independente de eles me ajudarem ou não eu continuarei feliz, como fui toda minha vida”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário