domingo, 25 de maio de 2025

Uso excessivo de celular e computador eleva casos de problemas na coluna cervical

 


Horas prolongadas em frente a telas de celular ou computador podem parecer inofensivas, mas estão diretamente relacionadas ao aumento de problemas na coluna cervical. Segundo o neurocirurgião Marco Moscatelli, essa realidade configura uma “epidemia do sedentarismo tecnológico”, já reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e que tem afetado, principalmente, os mais jovens.

No Brasil, 37% da população sofre com dores crônicas, índice superior à média mundial. Grande parte dessas dores está ligada à má postura, especialmente à síndrome conhecida como “text neck”, provocada pela inclinação excessiva da cabeça ao olhar para dispositivos móveis. Essa postura aumenta drasticamente a pressão sobre a coluna: uma cabeça em posição neutra exerce cerca de 6 kg de força sobre o pescoço, mas, inclinada a 45 graus, essa carga pode chegar a 22 kg.

Para evitar danos, Moscatelli recomenda uma série de cuidados: manter o celular na altura dos olhos, fazer pausas frequentes durante o uso de dispositivos, alongar o pescoço regularmente e fortalecer os músculos do core com atividades físicas. O médico também alerta sobre a importância do diagnóstico precoce diante de sintomas como dores no pescoço, dormência, tonturas ou perda de força nos braços, a fim de evitar que os quadros evoluam para problemas crônicos mais graves.

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