Durante a gravidez a atenção à saúde da mulher dobra. Isso acontece não pelo zelo da futura mamãe com seu próprio bem-estar, mas por seus cuidados incondicionais com o neném.
Cuidar da sua saúde e qualidade de vida e prevenir algumas doenças são atitudes fundamentais para levar uma gestação tranquila e livre de sustos. Para você e para o bebê. Pensando nisso, preparamos uma lista com as 5 doenças mais comuns na gravidez e Dicas do Bem para você evitá-las. Confira!
Anemia
Uma condição muito comum na gestação, principalmente entre o 2º e o 3º trimestres, a anemia tem sintomas que muitas vezes se confundem com os sinais da própria gravidez, como tontura, fraqueza, cansaço, dor de cabeça e pernas, palidez e falta de apetite. Se não tratada, as complicações da doença afetam tanto a saúde da mulher como do bebê, podendo levar inclusive ao aborto. Entre elas estão:
Para a mãe:
-sono intenso;
-infecções pós-parto.
Para o bebê:
-peso abaixo do ideal;
-problemas no crescimento;
-parto prematuro.
Apesar de oferecer riscos graves, a boa notícia é que o diagnóstico da doença é realizado em exames de sangue de rotina obrigatórios no pré-natal. Eles avaliam a quantidade de hemoglobina e de ferritina presentes no sangue. Ela é detectada quando os níveis de hemoglobina no sangue estão abaixo de 11g/dl e o organismo demonstra carência de ferro.
Neste caso, o tratamento é fundamental e envolve as seguintes Dicas do Bem:
-Inclua na dieta alimentos ricos em ferro e ácido fólico, como feijão, carnes, bife de fígado e vegetais verde escuros, como espinafre e couve;
-Para ajudar o organismo a priorizar a absorção do ferro presente nos alimentos, tome um suco ou coma uma fruta cítrica durante a refeição.
-O limão, a laranja e o abacaxi são ótimas opções;
-Se o doutor recomendar, faça uso de medicamentos com suplementação de ferro.
Infecção Urinária
Infecção urinária é qualquer infecção que acometa os rins, a bexiga ou a uretra. É comum ter pelo menos 1 caso durante a gravidez, fase em que a mulher está mais suscetível a desenvolver a doença, devido às alterações hormonais e da musculatura dos órgãos urinários típicas do período. Além disso, a própria dificuldade com a higiene por causa da barriga distendida também facilita o aparecimento da doença.
A infecção pode ser assintomática. Por isso, a Dica do Bem é ficar atenta a pequenas alterações, como urgência ou incômodo ao urinar. Além disso, quando apresenta sintomas, eles podem ser:
-Dor ou ardência para urinar.
-Urgência e vontade de urinar frequentemente, mesmo com a bexiga vazia.
-Sensação de bexiga pesada ou dolorida.
Para diagnosticar a doença, é preciso realizar o exame de urina (urocultura). Uma vez identificada a doença, o Obstetra do Bem poderá prescrever o uso de antibióticos por 1 ou 2 semanas. No término do tratamento, o exame deverá ser repetido para garantir sua eficácia. Mesmo após comprovada a eliminação da bactéria, o exame de urina deverá ser repetido mensalmente até o final da gestação.
Para prevenir a doença, as dicas são:
-Beba bastante líquido ao longo do dia: além de diluir a urina ajuda a eliminar possíveis bactérias que estejam na região;
-Evite segurar a urina: vá ao banheiro sempre que sentir necessidade, pois a urina parada contribui com a proliferação de bactérias;
-Lave a região íntima antes das relações sexuais e procure urinar após cada relação sexual: a urina “lava” o canal da uretra, eliminando bactérias que possam ter se movido para lá;
-Evite produtos químicos, como perfumes e desodorantes nas regiões íntimas, bem como roupas íntimas de tecido sintético;
-Limpe-se sempre de frente para trás ao usar o banheiro;
-Troque o absorvente íntimo com frequência;
-Não faça uso de antibióticos indiscriminadamente: isso pode alterar a flora bacteriana normal da vagina, por exemplo.
Hemorroidas
Com o aumento do peso e da pressão na região pélvica, bem como da prisão de ventre e da quantidade de sangue circulando na região, aumenta-se o risco de desenvolver hemorroidas durante a gestação. Isso porque as veias da região do reto e ânus tendem a inchar e dilatar. Essa dilatação caracteriza a doença, que causa dores, principalmente ao sentar ou evacuar, coceira na região anal e sangramento (sangue vermelho vivo) nas fezes.
Elas podem aparecer em qualquer momento da gravidez e são comuns a partir do segundo trimestre, mas tendem a desaparecer depois do parto.
O tratamento envolve mudanças de hábitos alimentares e prática de atividades físicas, mas também pode ser necessário o uso de medicamentos ou pomadas. Em último caso, pode ser realizada a cirurgia, se não representar riscos para o bebê.
As Dicas do Bem para prevenir e tratar a doença são:
-Adote uma dieta rica em fibras;
-Beba bastante água;
-Não adie! Tente ir ao banheiro sempre que sentir vontade;
-Evite ficar sentado por muito tempo, principalmente no vaso sanitário.
-Pratique exercícios físicos para evitar pressão nas veias do reto e combater a obesidade.
-Use almofadas com abertura no centro ao se sentar;
-Faça banhos de assento com água morna para aliviar os sintomas de hemorroidas.
Virose
Virose, como o próprio nome diz, é qualquer doença causada por vírus. A doença ataca o sistema digestivo e causa diarreia, vômito, dores no corpo e abdominais e febre. Quando o assunto é virose gastrointestinal, os dois tipos de vírus mais comuns são o rotavírus e o norovírus, que costumam apresentar sintomas entre 3 e 5 dias, até que o corpo é capaz de combatê-los.
É preciso ficar atenta durante a gestação e procurar um Doutor do Bem para realização de tratamento adequado, com medicamentos específicos para gestantes, pois a virose poderá prejudicar o feto se o vírus atingir a corrente sanguínea, o que não acontece no caso de outras viroses, como a gripe. Alimentar-se bem, consumir bastante líquidos e repousar também são fundamentais no processo.
Para se prevenir contra a doença, as Dicas do Bem são:
-Fique atenta a tudo que consumir, desde a água até uma refeição em restaurante. Evite comer em locais que não conhece e sempre lave bem os alimentos.
-Beba água mineral, filtrada ou fervida;
-Lave sempre as mãos, principalmente antes de comer e depois de usar o banheiro.
Pré-eclâmpsia
Exclusiva da gravidez, a pré-eclâmpsia surge quando a gestante apresenta pressão arterial elevada, isto é, acima de 140/90 mmHg, entre outras complicações, como um aumento de proteína na urina.
Os primeiros sintomas da doença envolvem ganho de peso repentino e inchaço da face, mãos e pés. Se não diagnosticada precocemente, pode progredir para sintomas como falta de ar, visão turva, dores de cabeça e abdominal e até mesmo convulsão, entre outros.
O diagnóstico é feito por meio de exames como ultrassom, exame de sangue e urina, a partir da 20ª semana de gestação. Ele é positivo se a gestante apresentar alguns dos sintomas descritos: proteína na urina, problemas nos rins ou fígado, contagem de plaquetas baixa, dor de cabeça e problemas visuais.
Uma vez diagnosticada, a pré-eclâmpsia deve ser tratada com prioridade para não evoluir para uma condição grave chamada eclâmpsia (daí o nome da doença começar com o prefixo “pré”). Essa doença pode trazer consequências fatais para o feto e para a mãe, por isso o tratamento é fundamental. Além de aumentar a quantidade de consultas e exames pré-natais, o doutor poderá prescrever o uso de medicamentos e até mesmo solicitar hospitalização, em alguns casos mais graves. Nesse caso, o parto pode ser induzido a qualquer momento, de acordo com orientações do Doutor.
Sendo assim, as duas Dicas do Bem mais importantes são no processo são:
-De prioridade por realizar as consultas e exames de monitoramento;
-Faça bastante repouso.
O risco existe apenas durante a gestação. Depois do parto, é esperado que a doença desapareça em até 12 semanas após o parto. Por isso, todo o cuidado é necessário nesse período!
Para saber mais, consulte um Doutor do Bem e tenha uma gestação tranquila para você e para o seu bebê!
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