sábado, 12 de maio de 2018

Arma utilizada para matar Marielle e Anderson foi uma submetralhadora

A reprodução simulada (reconstituição) do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes confirmou que a arma utilizada no crime foi uma submetralhadora HK MP5. Com isso, a Polícia Civil pretende periciar todas as armas desse tipo que pertencem às forças de segurança do estado do Rio de Janeiro.

A informação é do jornal O Globo, citando fontes ligadas à investigação. O laudo oficial da reconstituição, realizada na madrugada de sexta-feira, 11, deverá ficar pronto somente no próximo mês.
A reprodução simulada contou com a presença de quatro testemunhas que estavam no local na noite do crime. Durante a reconstituição, os policiais efetuaram tiros com balas de verdade e com diferentes tipos de armas, a fim de que as testemunhas pudessem identificar se o som dos disparos era semelhante ao ouvido quando Marielle e Anderson foram assassinados.
Há um número reduzido de submetralhadoras como a MP5 no estado do Rio. Elas são utilizadas por forças especiais das polícias Civil, Militar e Federal.
Acordo
Autoridades de segurança responsáveis pela investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes tentam negociar um acordo de colaboração premiada com o ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando de Curicica. Suspeito de chefiar uma milícia, ele é acusado de ser um dos mandantes dos crimes, ocorridos em 14 de março, e está preso por causa de outro homicídio.
Na noite de quinta-feira, 10, o delegado Giniton Lages, da Delegacia de Homicídios, esteve em Bangu 1, segundo a Polícia, para conversar com Araújo. O promotor Homero das Neves confirmou que também pretende conversar com Araújo na semana que vem.
Apontado por uma testemunha como um dos articuladores das mortes de Marielle e Anderson, Araújo acusou o delegado de ameaçá-lo para que confessasse a participação na execução da parlamentar. A informação é do advogado Renato Darlan, que esteve com Araújo na manhã da sexta-feira, 11. Segundo o advogado, não se trata da negociação de um acordo, até porque Araújo já negou participação no crime, mas, sim, de coação.

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