domingo, 11 de março de 2018

Aeroporto Internacional Augusto Severo continua sem uso


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Quatro anos após a desativação do Aeroporto Internacional Augusto Severo, a maior parte da estrutura do aeroporto, agora sob comando da Força Aérea Brasileira (FAB), permanece sem um destino certo. Responsáveis pela conservação e manutenção das estruturas do antigo aeroporto de Natal, os militares estudam opções viáveis para arcar com os custos de manutenção e conservação das instalações, que tem 11,3 mil metros de área apenas no terminal. Sem os recursos financeiros suficientes para manter a área em bom estado de conservação, as parcerias com a iniciativa privada são consideradas.


O apelo social para que o prédio do antigo Aeroporto Internacional Augusto Severo não fosse completamente desativado, na época em que os voos comerciais de Natal foram transferidos para o Aeroporto Internacional Aluízio Alves, foi grande, em especial graças a sua história. Antes de servir como aeroporto comercial, a área, chamada de “Parnamirim Field”, serviu de base para os Estados Unidos durante parte da Segunda Guerra Mundial. Hoje, a maior parte da estrutura do que foi o primeiro aeroporto de Natal, encontra-se inutilizada.

Muitas reuniões foram feitas para definir o destino da maior área do antigo aeroporto. A utilização do espaço para um novo centro de eventos e convenções chegou a ser discutida, mas não foi levada à diante. A opção, no entanto, ainda não foi descartada pela FAB. 

“As parcerias público-privadas para manter o prédio não estão descartadas. Vamos ouvir as demandas da população e pensar no melhor a se fazer com a área”, afirma o Brigadeiro Luiz Guilherme Medeiros, comandante da Ala 10, nova nomenclatura dada à base de Parnamirim após a reestruturação da FAB.
Transferência para a FAB só foi concluída em 2017. Parceria público-privada não está descartada

De acordo com o Brigadeiro, apesar de não terem sido feitos até agora estimativas do quanto vai custar a manutenção do saguão do aeroporto, a expectativa inicial é de custos elevados. “Temos estruturas grandes como escadas rolantes e elevadores que precisam de manutenção. Mesmo sendo relativamente distante do mar, a área ainda sofre com efeitos da maresia, o que desgasta as estruturas”, explica. 

Apesar da passagem do comando do Aeroporto para os militares ter sido definida antes de seu fechamento, em 2014, foi só no ano passado que os trâmites burocráticos entre a União e a FAB finalmente entregaram o aeroporto aos militares. De lá para cá, cerca de R$ 4,5 milhões foram investidos pela Força Aérea a fim de reformar e adequar uma área lateral do aeroporto para outros fins. Antes utilizada como escritório da Infraero, a área passou a ter duas novas funções.

A primeira parte serve como Assistência Social, que atende aos aposentados e pensionistas, a reserva da Força Aérea e seus familiares. Já a segunda foi readaptada para ser utilizada por dois novos esquadrões operacionais que passaram a integrar o quadro da base natalense. Nacionalmente, a Força Aérea Brasileira passou por uma reestruturação recente.

As nomenclaturas foram mudadas e, com isso, a Unidade de Parnamirim passou a se chamar Área 10. Com o acréscimo dos dois novos esquadrões, o 1º/8º GAV e o 2º ETA, vindos de Belém e Recife, a base ganha ainda mais importância estratégica no cenário nacional, de acordo com a FAB. Na prática, cerca de 120 novos militares se integraram à Área, que tem ganhado cada vez mais destaque em função de sua localização privilegiada, que facilita deslocamentos entre África e Europa - o mesmo motivo que trouxe, em 1942, os militares dos Estados Unidos para as terras potiguares, transformando a recém-nascida Parnamirim no “trampolim da vitória” para a Segunda Guerra Mundial

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