sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Governo do RN não dá prazo, mas diz que irá desativar presídio de Alcaçuz


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Detentos do presídio de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal
O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), afirmou nesta sexta-feira (20) que, com a construção de três novos presídios no Estado, planeja "acabar com a história maldita" a penitenciaria de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Grande Natal. A ideia anunciada é desativar a unidade em "médio prazo."
"Hoje teria que ser um novo presídio. Ali foi feito em cima de uma duna. Foi um grande equívoco à época. Acho muito melhor fazer um deslocamento. Ali é uma área turística, tem praia, lagoa, moradores no entorno. Tem que levar para uma área muito mais distante, isolada. Vamos trabalhar para ter novos presídios e não mais existir mais Alcaçuz", disse.
O presídio de Alcaçuz foi inaugurado em 1998, na gestão do então governador Garibaldi Alves (PMDB). O local escolhido foi uma região de dunas, com área móvel, ao lado de uma comunidade produtora rural. Desde lá, o presídio se tornou um recordista em fugas no Estado e, por isso, ganhou o apelido de "queijo suíço".
Beto Macário/UOL
Jungmann reuniu-se com o governador Robinson Faria (PSD) e secretários estaduais
Segundo Faria, não há previsão para que a desativação de Alcaçuz ocorra. "Previsão eu não posso dar porque depende de uma cronologia financeira", afirmou.
O governador, porém, informou que três presídios serão construídos e demonstrou ser contra uma reforma da unidade --que está parcialmente destruída desde março de 2015, após um a rebelião que resultou na destruição de quatro dos cinco pavilhões. No sábado, o pavilhão 5 foi destruído pelos detentos.
"Estamos com a construção de dois novos presídios, e o terceiro virá com o dinheiro que o [Michel] Temer enviou do Fundo Penitenciário. Se tivermos uma condição de, com a construção desses novos presídios, de apagar a história maldita de Alcaçuz, iremos acabar", afirmou.
Faria ainda defendeu a atuação do governo na crise prisional e voltou a dizer que o problema da briga de facções é nacional, e não do Rio Grande do Norte.
"Acho que o governo está trabalhando bem. Não tivemos um policial ferido ou morto, não tivemos baixa de inocentes, não tivemos reféns. Foi meramente uma briga de facções muito violentas, que estão buscando espaço da venda de drogas", concluiu.

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